FLORESÇO
Sigo
a seta que acerta o alvo no escuro
e
nem mira , tão clara é a sua alma
e
admirando o riso que nasce fácil, alvo e puro
de
quem vai à guerra desarmada,
tão
senhora de si, emudeço...
Teço
um verso do avesso...
Lavando
as vestes da alma num azul, profundo e manso
bebo
da calma que, gentilmente, me oferece
-
que tanto preciso... e que, penso, mereço -
e,
descansando na imensidão das marés de mim,
armada
com um silêncio breve, floresço...
FLORESÇO
- Lena Ferreira -
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