AOS PURISTAS
Os
catorze que aqui vão, sem disciplina,
rasgam
regras e não prestam continência
no
quartel da academia de excelência:
mancos,
pobres, loucos; babam na rotina
São
catorze desafetos às retinas
embotadas
e com pouca paciência;
logo
deitam o selo de incompetência
no
soldado que faz o que não domina
São
catorze e mesmo presos pela rima
são
tão livres por fazerem o que primam
mesmo
com dura censura nessa forma
São
catorze! Livres, sim, da pretensão
de
alcançarem, seja um dia, o escalão
almejado
pelos presos a uma norma
AOS
PURISTAS - Lena Ferreira
-
abril/13
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