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Mostrando postagens de maio, 2016

em silêncio e falta

celebro-te em silêncio e falta que quase se ajustam na ciranda eterna dos desassossegos quase que em improviso quase que imperfeito quase que imprevisto quase um desapego e na festa, isenta de convidados, acendo um incenso sobre as pausas mais extremas ascendo uns versos no altar de alguns dilemas apago as luzes que me espionam segredos danço lua em fase incauta e, nesse enredo, celebro-te em silêncio e falta - amanheço pauta das canções sem medo - - Lena Ferreira - 

os quatro

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... e, porque nada me dizes, nada falo fico assim, assimilando o trato há tempos subentendido embora os olhos cheios - cheios, os quatro - dialogando longamente leve-nos as almas a passeios - Lena Ferreira - in Devaneios 

plantação

antes de ser verbo o verso é espada e escudo entre os dias, o nada e o tudo vasculhado pelo seu reverso antes de ser verbo o verso atravessa o mundo bebe o raso e fala ao fundo descompacta o todo imerso antes de ser verbo o verso é só fragmento é como pingo no pensamento em semente; pede plantação antes de ser verbo o verso é fruto que espera por aquela mão que prepondera ao colher, pura, a inspiração - Lena Ferreira -