PUPILA


Quando esses olhos nasceram
morreram os inúteis prantos
que, caminhando alma adentro
transformavam em nó, o laço
externo

Quando esses olhos nasceram
milagres migraram pro canto
que, escorrendo por dentro,
iluminaram o espaço
interno

Quando esses olhos nasceram
sorrisos cantaram acalantos
que embalaram o centro
equilibrando o compasso
- mais terno -

Quando esses olhos nasceram
pensaram em dar-lhes nome santo
já que eles servem de unguento
já que são como um abraço
eterno


PUPILA - Lena Ferreira – set.14

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