GUARDIÃ


Guardarei o teu silêncio manso e calmo
como donzela que resguarda a castidade
e, nos porões do meu peito, com cuidado
acomodarei cada palavra que fora adiada...

(...ao lado das minhas)

Ah, se pelo menos uma delas escapasse
como quem sai à noite em desaviso
estremeceria a lua e, trincando estrelas,
certamente o vento espalharia segredos

Sendo assim, eis-me aqui, zelosa e casta
guardiã desse silêncio diplomático
e embora monte guarda noite e dia,
há tempos dispensei minha armadura...


(...bem mais leve é o tecido da ternura)


GUARDIÃ – Lena Ferreira – set.14

Comentários

Unknown disse…
Ahhhh
Com os olhos marejados. Que poema DIVINO. Que lindo, Lena. Que lindo. Muito emocionada com ele.

Parabéns e obrigada por uma leitura que me calou tão profundamente.

Beijo ternurento.
Clau Assi
Lena Ferreira disse…
Emocionada e agradecida eu com o seu comentário, Clau. Feliz aqui com sua presença calorosa e ternurenta. Um beijo sereno, Poesia!

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