CIRANDA

Despeço-me acenando para a tarde
Nas mãos, levo um tecido leve e fino
Com o qual um vento, livre tal menino
Brincando, agita-o com enorme alarde.

Meus olhos, vivos, cheios de sorrisos
Assistem, alegres, a infante cena
A alma, pouco a pouco, se asserena.
-um bem que, há muito tempo, eu preciso-

A noite vem descendo em tom suave
Permitindo que a cena inteira grave
Pra reprisá-la paulatinamente.

Então, meus olhos fecham as cortinas
Enquanto as estrelinhas, tal meninas
Cirandam a lua cheia, alegremente.


CIRANDA - Lena Ferreira - nov.14

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ciclo

ENTREGA

pensando na morte