ENQUANTO ESCREVO


Enquanto escrevo
no cais da alma
revelo um tanto
do caos à calma
do riso ao pranto
da mágoa ao vício
dos precipícios
da luz ao escuro
da ponte ao muro
da brisa ao vento
dos sofrimentos
das tempestades
da maré alta
do excesso à falta
do voo ao abismo
dos aforismos
dos absurdos
silêncio e falas
de quarto e salas
e, do que resvala,
no que revelo
enquanto escrevo
não sou escravo
enquanto escrevo


ENQUANTO ESCREVO – Lena Ferreira – out.14








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