DAS MANHÃS

As manhãs do fim de maio nascem com tanta preguiça
pálidas peles, umedecidas pelo orvalho do parto
sopram seu hálito fresco em maciez e suavidade
e, estendendo um tapete alvíssimo, esperam...

Enquanto as horas deitam calmas sobre as nuvens
aguardando os minutos, os segundos adormecem

Nessa demora, todo entorno é suspense
nada parece acontecer...

Sem anúncio, um rasgo estreito rompe o céu
azulejando um bom pedaço de todo olho testemunha
que, em êxtase, contempla a nesga estreita dilatando
e, calmamente, dando a luz a um tímido sol...

DAS MANHÃS – Lena Ferreira – mai.14

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