NA VARANDA
Um passo até a varanda
do pensamento e já é um começo. Aliviar a tensão dos ares do
interior mofado, uma necessidade. Bom mesmo seria uma faxina,
retirando toda tralha, toda sorte de poeira, todo entulho, todo nada,
vazio. Mas, na impossibilidade momentânea evidente, um passo para
fora, penso ser mais previdente: um trago de sol, de brisa e de vento
e de simplicidade. Novos ares para o mesmo momento. Outras cores
para a realidade. Novo fôlego para os sentimentos. Novo ânimo para
mais um recomeço. Vontade que realizo.
Um passo até a varanda
do pensamento e clareio o juízo entre o que penso que mereço e o
que, de fato, preciso.
NA VARANDA – Lena
Ferreira – jul.14
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