e, quando me poesia




és tal qual seda que, macia,
nirvaniza, num abraço,
o broto de ventania
que plantei em um mal passo

és tal qual brisa que alivia
o peso do meu cansaço
no findar de cada dia
sobre tudo o que não faço

ah, tanges toda a agonia
dessa nuvem algodoada
no céu que te apropria
risca a estrofe calada

e, pra nossa alegria,
chove a rima esperada
 - e, quando me poesia,
eu não preciso mais nada -




- Lena Ferreira -

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ciclo

ENTREGA

pensando na morte