ainda bem


 ...


Cada pessoa é um mundo, um universo à parte. Isto é fato. E é com base neste fato que testo, atesto e comprovo: cada um reage de uma forma diante de determinada situação.
Não canso de contar da vivência com meu saudoso parceiro de caminhada, o Gil. E mais uma vez, repito: quando discordávamos em algo - e não era raro -, um ao outro sugeria recurso ou caminho soltando a típica frase: se EU fosse VOCÊ, faria assim. Ou assado.
E a resposta, sempre, sempre, era esta: qual o seu nome mesmo? Ah, sim... EU sou eu. VOCÊ é você.
E ríamos, sempre, daquilo tudo. Tão bom recordar...
Sinto falta. De divergir saudavelmente, sabe? De entrar numa conversa com uma ideia e sair com duas ou mais. Falar sobre lançamentos, escritores, filósofos, ideias, ideias, ideias. Falar sobre como está o tempo, se o mar está bom pro mergulho, jogar conversa pra dentro, sabe comé?
Conversar. Não supor. Não tentar adivinhar o que o outro está pensando a partir da sua atitude ou fala.
Conversar. Com tranquilidade, sem medo de expor o que pensa, sem melindres. Respeitando e sendo respeitado.
Penso que muitos desentendimentos nasçam da não-conversa. E nem precisa ser na hora do suposto mal entendido. Não. Não, mesmo. Porque, no geral, no calor da hora, ficamos como? Descompensados, né não?
Então, respira um pouco, bebe água, relaxa, respira, bebe mais água se julgar preciso. Mas, segura o pensamento. Organiza-o, embale-o, acalme-o. Já compensado, então retorne à conversa. Verá como as palavras sairão mais seguras, mais sensatas e convincentes.
Não que tenha a obrigação de convencer quem quer que seja. Aliás, ninguém é obrigado a nada!
Mas, experimenta, vai... Falo, de cadeira, que é um exercício muito válido a quem disposto a facilitar o trânsito da vida na vida.
Não é conselho, viu? É espelho.
Mas, mais uma vez, me lembro do Gil e repito: qual o seu nome mesmo? Ah, sim... EU sou eu. VOCÊ é você.
Ainda bem...

É conversando que a gente se estende.

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