nem é lua cheia



não é hora, creia,
de mexer no pacto
de rever o impacto
que ergueu o escudo
noutro verso mudo
que mantém intacto
sob a luz da lua
que observa a sombra
do verbo que sobra
sobre outro silêncio
estéril de gestos

não é hora, creia,
de bulir na calma
saturando a alma
nessa noite escusa
o sol ainda tarda
e outra lua aguarda
pelo verso liso
que pretende o simples
longe dessa rima:
ser só a palavra
que não desanima

- ...não é hora, creia
nem é lua cheia... - 



 - Lena Ferreira -

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