de verbena e lírio



***

não há portanto no instante resistente
nem mais saudade de torpor insustentável
e os defeitos exclamados pelos tantos
são devaneios de Pandora aborrecida

não há mais vento, ventania ou tempestade
nem mais marés em tantos cantos insistentes
por entre as veias, corre um rio fresco e manso
e uma brisa morna embala os pensamentos

não há mais grito no enquanto tão silente
nem mais sussurro acordando a lua avulsa
das mãos exala um misto de verbena e lírio
e os pés, por hora, tocam levemente o chão


- Lena Ferreira - 






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ciclo

pensando na morte

ENTREGA