desacostumo


sobre as coisas acostumadas
planto um olhar diferente
desviando-me dos rótulos
em disposições aparentes
apreçadas pelo tempo
pelo vento do abandono
pelo não que bate à porta
pelo talvez dito em pressa
 
sobre as coisas acostumadas
sob esse estágio sem trono
enterro o sim da promessa
desacostumo o seu dono
num verso em estado bruto
uso a calma que me importa:
planto outro olhar, já sem sono,
que fecunda o próprio fruto

 

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